Sobre marcas duradoras

Nem tudo é passageiro. Alguns fundamentos humanos sustentam as marcas ontem, hoje e amanhã e por isso entender essa essência é a chave para guiar marcas fortes duradoras.
Publicado em
Sep 16, 2025
Escrito por
Matheus
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As marcas existiam muito antes do marketing, dos logotipos e da palavra “branding” existir. Elas estão enraizadas em algo mais antigo: o modo como seres humanos sobrevivem, se reconhecem e confiam uns nos outros.

Mesmo que novas tecnologias mudem canais, formatos e linguagens, existem certos fundamentos que não mudam (ufa) não porque o mercado não queira, mas porque a psique humana não muda na mesma velocidade que o mundo.

Já que estamos sempre correndo atrás do rabo tentando prever o futuro e se preparar para o que está por vir, hoje vamos olhar para trás e fazer uma análise sobre as coisas que não mudam.

Confira os 6 pontos que não mudam e são inerentes a nossa natureza humana:

1. Reconhecimento social é instinto

Desde tribos ancestrais até aplicativos modernos, o ser humano precisa distinguir quem faz parte do seu grupo e quem não faz. Marcas são extensões desse mecanismo, mesmo que não construam “comunidades” explícitas. Até um produto barato e sem narrativa depende de ser reconhecido e escolhido, o que só é possível porque ativa esse instinto natural e humano de diferenciação social.

2. A memória humana adora padrões

Nosso cérebro se ancora em padrões repetidos, cores, sons e formas que economizam esforço mental. Naquilo que já é conhecido. Por isso, marcas sobrevivem quando se tornam cognitivamente inevitáveis, seja por uma narrativa épica ou pela simples familiaridade de um logotipo visto mil vezes.

3. Símbolos falam mais rápido que palavras

A evolução nos programou para reagir a sinais visuais e auditivos em milissegundos. Mesmo em mercados minimalistas ou digitais, a mente lê símbolos para decidir se confia ou se fica alerta. O design pode ser ousado ou genérico, mas o instinto de buscar sinais para agir não muda.

4. Propósito existe, mas nem sempre é visível

Toda relação de marca cumpre uma função psicológica, seja aliviar ansiedade, gerar segurança, status ou prazer imediato. Mesmo quando não declarado, ou, mesmo se de forma desconhecida, existe uma busca por significado. Desde o básico de “isso resolve minha necessidade sem esforço.”

5. Confiança é a grande moeda invisível

Com exceção de algumas empresas que sobrevivem por monopólio ou hábito, as marcas não existem sem algum nível de confiança, seja no sistema, na entrega mínima de valor, ou na previsibilidade. Por isso, quando a confiança é quebrada e fica sem substituto, a marca morre. Por enquanto, esse é um padrão que nenhuma tecnologia derrubou até hoje.

6. Diferenciar ou desaparecer no longo prazo

Pode-se sobreviver copiando ou sendo mais barato, mas isso raramente constrói legado. A história mostra que marcas que atravessam décadas são as que encontram um traço único de reconhecimento, mesmo que seja pequeno, mesmo que mude de forma ao longo do tempo.

Podemos ter novas tecnologias, ferramentas, estratégias, mídias e métricas. Mas enquanto existirem humanos buscando segurança, reconhecimento e sentido, existirão marcas. Lembre-se disso!

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